terça-feira, 27 de abril de 2010

Tristeeezaaa, por favor vá emboraaa...

"Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim

Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim

Fez do meu coração a sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar àquela vida de alegria
Quero de novo cantar"

É mais ou menos isso que ando cantando. E como quem canta, seus males espanta, foi mais ou menos isso que vem acontecendo.

Amigos se revelaram mais amigos. A união realmente faz a força, e fez a força do meu coração.

Dor? Sim, existe, persiste, insiste. Mas não posso deixar que ela tome conta de tudo assim, sem nem pedir licença. E se pedir, também não vou dar!

E o amor, esse que tudo vence, tudo supera, se mostra cada dia mais presente em minha vida.
Ele é parte do que me fez voltar a sorrir.

Obrigada a todos que deixaram recadinhos, telefonemas, abraços e carinhos. A vocês só posso dar o que de mais puro tenho: meu sorriso sincero.



Beijos e...aloha!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Dor...

Esse é o único sentimento que consigo identificar. Não sinto fome, não sinto frio, não sinto nada. Sinto dor.

As amigas mais novas que tenho não conhecem minha família. Pois bem, vou descrevê-la um pouco.
Meu pai é um homem rígido, nos criou bem. Nos ensinou valores, nunca deixou nos faltar nada, brigou excessivamente comigo (eu acho) por que não conseguia aprender a tabuada. E até hoje não sei. Mas é um homem muito bom, ajuda muita gente, sempre nos deu de tudo, sempre se esforçou muito para que os filhos não passassem as necessidades que ele passou. Honesto, íntegro, e uma das pessoas mais bondosas que conheço. Mas com cara de bravo.
Minha mãe é daquelas pessoas que você não ouve falar nada a respeito. Discreta, não conversa muito com desconhecidos, tem raras amizades. Suporta todo o peso da família. Como todas as mães, eu acho. Engraçada, quando está de bom humor. Sempre trabalhou muito, nem sempre teve muito tempo pra gente, mas sabíamos que ela estaria lá quando precisássemos.
Minha irmã é doida. É aquele tipo de pessoa mais alternativa, sabe? Uma hippie fora da época. Gosta das artes, de músicas diferentes, escuta bandas que ninguém ouviu falar, trabalha muito e só reclama do trabalho. Mas reclama também se ficar sem dinheiro. É a mãe da minha sobrinha, Nana.
Meu irmão... Meu irmão é o caçula. Eu e ele temos 10 anos de diferença. Desde que ele nasceu, somos grudados. Troquei as fraldas, cuidei, dei limão para ele chupar quando me pediu uma laranja, andou pela primeira vez com a minha ajuda, a primeira palavra que falou foi meu nome, desenhava um rabisco esquisito e dizia que era uma Ferrari cor de rosa quatro portas, que ele me daria algum dia, dizia para todo mundo que ia casar comigo. Meu bebê.
Tentou o suicídio ano passado. Fiquei internada com ele dentro do hospital na ala psiquiátrica, teve alta. Se arrependeu do que fez. Voltou ao normal.
Madrugada de domingo: foi preso no centro de São Paulo com mais dois rapazes. Assalto à mão armada. Tudo em função das drogas. Foi transferido ontem para o CDP de Pinheiros.

Eu? Se eu precisasse me definir hoje, seria assim: NADA. Sou um amontoado de ossos, músculos e pele, sem função, sem razão, sem nada. Me sinto reduzida à nada.
Sei que em alguma parte do meu coração existe o amor que tenho pela minha família e pelo homem da minha vida, mas desde segunda não consigo encontrar esse amor. Sinto apenas muita dor, muita angústia, uma dor que corrói meu peito ao ver meu pai inchado de tanto chorar, minha mãe com o olhar perdido, minha irmã sem saber o que fazer e eu, que quase já não vejo a face diante do espelho.
Não durmo direito porque penso em como ele deve estar lá dentro daquele lugar. Não como pensando que ele deve estar com fome e não está aqui, comendo conosco. Está lá, recebendo comida azeda.
A dor que sinto é imensa. Nada pode ser maior que isso. Sei que agora nada pode arrancar essa dor do meu peito, e sei que nenhuma alegria pode ser maior que a dor que sinto.

Se alguém ler isso, peço que por favor me inclua em suas orações. Tenho medo de enlouquecer de tanta dor.

Espero algum dia voltar a escrever, a sentir, a viver. Espero que Deus esteja com meu irmão. Espero que eu acorde amanhã e tenha sido um pesadelo.

Obrigada aos que ligaram, escreveram, e aos que apenas pensaram em nós. Que Deus abençoe a todos.

Até algum dia.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Por que vou casar de sapato vermelho?

Porque é a cor que mais me identifico.
Porque é a cor com que TODOS me identificam.
Porque sou vidrada em sapatos vermelhos.
Porque queria imprimir minha personalidade no traje noivístico.
E principalmente...

Porque me sinto como Dorothy, um pouco perdida, mas sabendo que esse sapatinho vai me levar onde preciso estar.



There's no place like home...

Aloha!