E comeeeeça 2010...

Acho que todo mundo já me viu falando em casamento. E quem não viu, pergunta. Desde que ficamos noivos, esse tem sido o assunto do ano.

Mas parece que sempre é uma coisa distante. "Ah, é só em 2010", "Hum, final de 2010? Tem tempo!". É, no fundo, no fundo, eu também pensava assim.

Todos reunidos, aquela baguncinha gostosa de final de ano, comida na mesa, muitas risadas e...chegou 2010!

Eeee...champanhe estourando, brindes, fogos, cumprimentos, aquela coisa peculiar do ano novo.

De repente eu e Chris, sentados no sofá, ficamos um pouco calados, ao mesmo tempo. Cada um mergulhado no seu mundinho. Num movimento quase que sincronizado, nos olhamos bem fundo nos olhos e falamos juntos: Vamos casar!

Dãr...óbvio que vamos! Não é disso que se fala o tempo todo? Mas a frase saiu com um misto de espanto, alegria e insegurança. Os dois se perguntam: é isso mesmo que você quer? Claro!

Não há dúvida, mas acho que está caindo nossa ficha realmente de que vamos dar um passo muito grande. Vamos construir uma família. Vamos deixar de lado os choros no colo de mãe, as reclamações pro pai, o bico de bebê chorão, e vamos ter a nossa família. Como eu costumo dizer, vamos deixar de ser filhos para sermos pais.

Isso dá um certo medo, por mais que se ame a pessoa. Não um medo de dúvida, um medo de querer voltar. É um medo gostoso, daqueles que a gente sente antes de entrar na montanha russa. Um medo de excitação.

Depois dessa indagação e desse espanto, sorrimos. Um para o outro. Um sorriso terno, cheio de certezas e incertezas. E nos abraçamos.
Chris passou seu bração em volta de mim, me deu um beijo suave e disse: é, amor, vamos nos casar!

Naquele momento senti uma alegria tão grande e uma certeza de que, apesar dos pesares, a vida vale a pena. Ainda.

Aloha.